sábado, 22 de dezembro de 2007

Visto que faltam apenas tres dias para o Natal, decididamente tenho de postar! (ate porque o fim do ano se esta a aproximar e e uma vergonha so ter feito tres tristes posts...)


Bom... mas nao sei mesmo o que escrever... estou triste porque nao posso neste momento estar a jogar um riscozinho ou as cartinhas, mas amnha isso resolve-se!

AH! pois e! ja me estava a esquecer... afinal tenho tema pa falar... ontem numa divertida saidinha a noite po coconuts ("NozesDeMerda" - como diriam aqueles que adormecem ao som das "baladas" que por la se ouvem...) deparamo-nos com um maravilhoso miniconcertozinho de meu grande amigo Mico da Camara Pereira!! Digo-vos que foi deveras interessante, principalmente quando nos deparamos com um verdadeiro membro da nobreza deste nosso Portugal a "cantarolar" musicas d'As Doce ou ate do José Cid...
E assim se deu inico a uma noite de cansaço e desepero, que nos levou, mais tarde, a rua com os homens do lixo aguardando por um taxi...

Contudo la dentro, naquele espaço de tempo, poderam desafogar-se as vistas ate porque a luminosidade das cabeças loiras que por la se abanavam ate faziam derreter... (ramalho dixit)LOL

E por aqui me fico, porque parece que estou a ser encarnado por uma qualquer especie de espirito que anseia demasiado...
Agora vamos e preparando-nos para na manhazinha de terça-feira acordar cedinho e abrir as prendinhas que estao ope da arvorezinha de Natal!!!


PS.: ainda tas a ler isto??? oh... fds! eu a pensar que com tantos "inhoooos" ja ninguem lia isto...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

rescaldo duma noite partida


O qe aconteceu ontem ja lá vamos...

Mas o que eu vou dizer tem muito que se lhe diga. Às vezes penso que o cérebro tem inveja do coração. E maltrata-o, ridiculariza-o e nega-lhe o que ele deseja tratando-o como um pé ou um pulmão queimado. E nesse confronto directo, nessa batalha, quem perde sempre é o dono de ambos certo meninos?

Agora.. hoje acordei, vi que não havia passado muito tempo e para nao variar senti uma sede do carai e uma vontade enorme de dormir. La lutei contra a certeza de ter despertado, mas voltei a perder. Epah arrestei-me para o WC todo fuck e meti-me num duche eterno, e cantarolava como um louco pa ver se acordava, sim pq eu tenho uma voz do catano!
Só sei é que muito tempo depois fui ver do meu animalzinho doméstico, mas virei-lhe as costas mal vi que ele ainda ressonava.. depois o som da consciência a relembrar me o filme da noite passada(mas pq é q a minha primeira vez tinha q ser com o menino telmo e tiago?)..
e eu digo vos isto a BP qe sa f"#$!
LaughingOutLoud


e fica aqi o 'p.s:' da praxe..

p.s: É costume as pessoas praticarem o erro de invejar os gatinhos pelo simples facto deles possuírem 7 vidas. É um engano. Eu sei perfeitamente o gato feliz é 7 vezes feliz, mas o gato desgraçado é, infelizmente, 7 vezes desgraçado.
Deixa lá C.Ronaldo7 para o ano és tu! Mas primeiro, ja diz um rapaz, dá um jeito nessa caraaaa..

beijinho

ah ja tinha saudades de postar assim

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Amigo, friend, ami, freund, amico

A vida é um jogo de xadrez. E, como bom jogo de estratégia que é, obriga-nos a questões, tal como a vida nos obriga a fazermos questões. Muitas questões. Será que ela gosta de mim? Será que ela reparou em mim? Será que fico bem de camisola preta? Será que agi bem? Será que agi mal? Será?

Estas questões não têm resposta concreta, o que nos deixa num impasse. Em quem confiar? A quem confiar a resposta a estas questões? A resposta não é difícil. Aos amigos. Aos verdadeiros amigos. Os amigos são a muleta da vida, sem dúvida. Your friends will know you better in the first minute you meet than your acquaintances will know you in a thousand years. Richard Bach escreveu estas lindas palavras, e a tradução mais próxima que posso fazer é: Os teus amigos conhecem-te melhor no primeiro minuto em que se conhecem, do que os teus conhecidos conhecerão em mil anos. Não podia estar mais de acordo com o escritor. Os amigos são fabulosos, são inesquecíveis, são irmãos. Não de sangue, mas de alma.

Sinceramente, eu não sei o que faria sem amigos. Vinicius de Morais disse uma vez que – e peço desculpa se o cito erradamente – suportaria, embora com dor, que morressem todos os meus amores, mas não resistiria se morressem todos os meus amigos. São estes amigos que suportam uma vida. Sem estes amigos, verdadeiros, a vida não faria sentido. Imaginemos um tabuleiro de xadrez… sem rei. Qual o sentido do jogo, então? Nenhum. O mesmo se passa com os amigos.

Contudo, os amigos não servem para dizer que sim a tudo. Um verdadeiro amigo discorda de ti, contradiz-te, confronta-te com os teus erros, tenta corrigi-los, mas diz-te tudo na cara. Como Oscar Wilde disse, um dia, em jeito de brincadeira, a true friend will stab you in the front. É isso mesmo. Não há que ficar sentido porque um amigo nos disse que não concordava com algo que nós dissemos. É preciso é ficar contente porque teve a coragem de o dizer, e não para nos sintamos pior, mas para que melhoremos como pessoas, e como amigos também.

Mas a dificuldade, como disse Homero, não é morrer por um amigo, é encontrar um amigo por quem valha a pena morrer. A dificuldade está aí. É preciso saber escolher. É preciso ter a certeza de que aquele amigo é um verdadeiro amigo. Isso vai-se vendo, passo a expressão, feia. Conforme as coisas vão correndo, vamos descobrindo um pouco mais dos nossos amigos, até chegarmos à conclusão: sim, ela é minha amiga, ou então, em casos, infelizmente, mais frequentes: não, ele não é meu amigo.

A vida é uma chatice. Pois é. Mas é o que temos. Eu já encontrei os meus amigos. Tenho a certeza. E tu, já encontras-te os teus?



Post Scriptum: Olho para o que escrevi. Que chorrilho de clichés! Que série de frases feitas! Não faz mal. Eu gosto de frases feitas. E como faço isto pelos amigos, tudo vale.

sábado, 8 de dezembro de 2007

numa tarde de sol...

Numa bela e reluzente tarde de Sol os pássaros cantam, as flores brilham, as ervas campestres resverdecem e a aragem longa e suave aconchega-nos confortavelmente nos braços da Primavera. As pequenas flores no topo das árvores brotam como que se a árvore renascesse; a Serra está limpa com o Palácio a florescer no seu topo, como se crescesse nas belas e árduas rochas. O mar avista-se através da Serra, está calmo e no areal resplandecem pequenos pontos mais escuros que parecem plantados por uma calma brisa. São a escuridão que conspurca o Natural, os escroques da sociedade que partem da sua civilização que lhes causa felicidade e se estendem num belo Sol que nada lhes é a mais senão um solário para a sua beleza pútrida aparente! Um Sol estragado, um Sol perdido, um Sol mal amado, um Sol gasto, um Sol impregnado, em peles sujas e mentes vazias de seres promíscuos e incivilizado que nem o seu próprio solário sabem resguardar.
No jardim, longo e de diversos tons, prosperam pequenas florzinhas minuciosas, rondadas por minúsculos bichinhos brilhantes e aprazados com a luxúria da Primavera. Ao largo do jardim corre serenamente um riacho de águas límpidas e refulgentes que alimenta as mais pequenas formas de vida da deliciosa Natureza. Todos lhe bebem a vida, desde os mais pequenos aos maiores, a Natureza é a sua mãe. É ela que sacia a desenfreada sede do homem, a solene sede dos singelos inocentes, a promíscua sede dos civilizados, a ordinária sede dos cansados, a constrangida sede dos desgraçados. A sede de água, a sede de vida, a sede do ser, todas as sedes, desde as mais súbitas às mais forçadas, as sedes de tudo e de todos, são saciadas pela mais bela e carente força da Natureza.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Quem me dera ser louco

Peço desculpa, mas não resisti, e vou postar. Mas o post não é meu, – quem me dera! – é de um génio. É de alguém que “não tem biografia, só génio”. Melhor definição não pode haver. É simples. É verdadeira.

Aqui vai o excerto que li, e que me fez pensar. E muito. Muito mesmo…

«Loucura?! – Mas afinal o que vem a ser a loucura?...

Um enigma… Por isso mesmo é que às pessoas enigmáticas, incompreensíveis, se dá o nome de
loucos

Que a loucura, no fundo, é como tantas outras, uma questão de maioria. A vida é uma convenção: isto é vermelho, aquilo é branco, unicamente porque se determinou chamar à cor disto vermelho e à cor daquilo branco.

A maior parte dos homens adoptou um sistema determinado de convenções: é gente de
juízo

Pelo contrário, um número reduzido de indivíduos vê os objectos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria… são doidos…

Se um dia porém a sorte favorecesse os loucos, se o seu número fosse o superior e o género da sua loucura idêntico, eles é que passariam a ser os ajuizados:
Na terra dos cegos, quem tem olho é rei, diz o adágio: na terra dos doidos, quem tem juízo, é doido, concluo eu.»


Mário de Sá-Carneiro, Loucura

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Litrosa, Cacauetes, Almendros e Pistachios

Numa noite improvisada, criada por mentes pouco sãs, assim foi que tudo nasceu...

Era preciso fazer algo, o corpo pedia que não se cedesse à teimosa inércia de nada fazer, a mente necessitava de novas informações a navegar pelo seu mar de neurónios aferentes, sensitivos e mais outras tantas ondas de sinapses... E eis que três indivíduos se juntam, num arranjo de 3 3 a 3... Têm um convidado de quatro patas a acompanha-los, mas não chega... Convidam a Litrosa, os Cacauetes, os Almendros e os Pistachios a virem com eles fazer não sabem o quê para não sabem onde. E eles vêm, por uma módica quantia de 4€, mas vêm...
Discute-se a vida, os desassossegos, e num turbilhão de ideias desconexas surge o nome deste post. Mais tarde aparecem as Marias (bolachas, claro!) e o nosso amigo de quatro patas ganha um fulgor invulgar no meio de machos (impulsos da líbido animal)...


O valor filosófico e de cultura destes momentos vividos, não há muito, é quase nulo... Mas a simplicidade do desenrolar natural de tudo o que aconteceu é bela. Não houveram paisagens bucólicas a acompanhar-nos, concordo. Nada de literário há neste texto, isto é apenas a narração de factos passados/vividos, mas foram vividos, e por isso devem ser celebrados...

sábado, 1 de dezembro de 2007

Primeiro de Dezembro

Escrevo o primeiro post do mês de Dezembro, data essa que nos faz aperceber de algo: vem aí o Natal. Ai, ai, meu Deus, tanta excitação… O primeiro Natal do Turbilhão de Desassossegos! Ai que bom!

Eu, pessoalmente, não gosto do Natal. OK, acho piada às músicas, às luzinhas, aos presentes, mas o espírito… onde é que ele anda? Ter-se-á perdido? Talvez. Mas que já não está entre nós, lá isso não está.

A época natalícia é das coisas mais hipócritas que por cá se faz. Consegue fazer com que os discursos do Sócrates pareçam genuínos. Durante 11 meses ninguém se lembra dos pobrezinhos, dos coitadinhos que vivem em caixas de cartão à porta do Nicola, mas, por obra e graça do Espírito Santo, assim que a Coca-Cola começa a emitir os seus anúncios, todos se lembram de dar comida, brinquedos, cobertores, e uma série de coisas que as centenas de associações precisam. E isto é bonito, sim, mas devia ser durante todo o ano, não acham?...

Não pensem que só estou aqui para dizer mal, acho apenas que a ideia do Natal tem vindo a mudar radicalmente - e até podia estar a mudar para melhor, mas não! Estamos cada vez menos altruístas, mais egoístas, mais hipócritas e mais consumistas (rima e é verdade!).

Vamos lá! Vamos portugueses! Sejamos altruístas! Sejamos amigos de quem mais precisa todo o ano! Em Dezembro, em Janeiro, em Fevereiro e no resto do ano todo! “Desipocrizemos” o Natal!

Eu? O que é que quero para o Natal? Fácil. Amigos (q.b.), uma litrosa, três pacotes de amendoins e um labrador. Branco, de preferência…

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Cinco Personagens


Por baixo : R. Fischer, João Villas e Reis, Pedro da Ega, Afonso Viegas e Ruy de Lemos




Sempre tive a suspeita de que a amizade está sobrevalorizada. Tal como a educação neste país, a morte, ou as mamas da Pamella. Temos a mania de darmos pouca importância á nossa existência. É por isso que a amizade surge representada através de pactos, lealdades eternas e beijinhos abraços ,etc, o resto é convosco.
Btw aqui vos deixo um presente antecipado da nossa equipa gráfica (Mónica), que (quase) tão bem nos caracterizou a meu pedido depois de um inquérito exaustivo da nossa personagem mítica da nossa pré-adolescência.

Cheers !

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Defesa Siciliana

Em tons sicilianos, tomei a liberdade de entregar a pasta ao nosso amigo Afonso Viegas e disponibilizar o meu kevlar de fibras pouco contundentes a um espaço que oferecesse total liberdade a quem pretende total e gratuitamente oferecer raviolis de percepções e sumptuosos devaneios, cujo projéctil se dispara em preposições infundadas e rascunhos sem molho de tomate. Não pretendo remeter as minhas publicações aos seis degraus nem abolir juízos de valor - o que publicarei reflectirá a minha própria receita, o que não significa que o mercado tenha fechado.


Mas quebrando a monotonia da cozinha italiana, vamos juntar dois cromossomas e milhões de anos de evolução. Já consigo imaginar milhares de mitocôndrias a fazer all-in nos decotes sensuais dos multicelulares. Mas cadê a origem dos ingredientes? Quanto a isso não tenho resposta. Mas sei que o verdadeiro conhecer, austero como o trigo nas estações mais estaladiças, é consequência da procura da verdade nas questões mais diversas que o nosso género propõe a si mesmo. Citando e adaptando, sou um distribuidor ambulante de "porquês". Porquê? Porque assim fui convocado, porque pensar faz falta, porque o porquê devia ser o nosso rei e a filosofia o nosso reino. Quando falo em filosofia/pensamento cientifico falo num tipo de pensamento que esta apenas subjacente à prova coerente e a um certo nível de humildade e respeito pela perspectiva do próximo. Mas o problema está na acidez do azeite. Um azeite demasiado ácido leva à corrosão da pasta e um azeite demasiado básico a uma reunião sindicalista do recheio. Levarei em consideração os dois cantos para um consenso.


Por agora desliguem os motores, esqueçam a sintaxe e a toponímia. Nós aqui só temos do melhor proscuitto.

Reflexão sobre a estupidez humana

Há biliões de galáxias no Universo observável e cada uma delas tem centenas de biliões de estrelas. Numa dessas galáxias, orbitando em volta duma dessas estrelas, há um pequeno planeta azul. E este planeta é governado por um bando de macacos.

Mas estes macacos não pensam em si mesmos como macacos. Eles nem sequer pensam em si mesmos como animais. Na verdade, eles adoram fazer listas de todas as coisas que eles pensam que os separa dos animais: polegares opostos, auto-consciência…

Usam palavras como Homo Erectus e Australopithecus. O que é que interessa? São animais, não são?

Eles são macacos. Macacos com tecnologia de fibra óptica digital de alta velocidade, mas, ainda assim, macacos. Quer dizer, são espertos, isso podemos conceder-lhes: as pirâmides do Egipto, os arranha-céus, os jactos, a Grande Muralha da China. Tudo isso é impressionante. Para um bando de macacos…

Macacos cujos cérebros evoluíram para um tamanho tão ingovernável que agora é impossível ficarem felizes por muito tempo. Na verdade, eles são os únicos animais que pensam que deveriam ser felizes. Todos os outros animais podem simplesmente, ser.

Mas isso não é tão simples para os macacos.

Pois os macacos são amaldiçoados com a consciência. E, assim, os macacos têm medo, os macacos preocupam-se. Os macacos preocupam-se com tudo. Mas preocupam-se principalmente com o que todos os outros macacos pensam. Porque os macacos querem integrar-se desesperadamente com os outros macacos. O que é bem difícil, porque a maioria dos macacos odeia-se.

Isto é o que realmente os separa dos outros animais. Estes macacos odeiam. Odeiam macacos que são diferentes. Macacos de lugares diferentes; macacos de cores diferentes.

É que os macacos se sentem sós. Todos os 6’000’000’000 (seis mil milhões) deles.

Alguns dos macacos pagam a outros macacos para ouvir os seus problemas. Os macacos querem respostas.

Os macacos sabem que vão morrer. Então, estes macacos inventam deuses e veneram-nos. Os macacos começam, então, a discutir qual dos seus deuses inventados é o melhor. Os macacos ficam irritados, e é quando geralmente os macacos decidem que é uma boa altura de começar a matarem-se uns aos outros. Então os macacos entram em guerra. Os macacos fazem bombas de hidrogénio. Os macacos têm o seu planeta inteiro preparado para explodir.

Os macacos não sabem o que fazer.

Alguns dos macacos tocam para uma multidão vendida de outros macacos.

Os macacos fazem troféus e entregam-se a si mesmos, como se isso significasse alguma coisa.

Alguns macacos acham que sabem tudo.

Alguns macacos lêem Nietzsche. Os macacos discutem Nietzsche, sem darem qualquer consideração ao facto de que Nietzsche era só outro macaco.

Os macacos fazem planos, os macacos apaixonam-se, os macacos fazem sexo, e, então fazem mais macacos.

Os macacos fazem música. E, então, os macacos dançam. Dancem, macacos, dancem!

Os macacos fazem muito barulho.

Os macacos têm tanto potencial. Bastaria apenas dedicarem-se...

Os macacos tiram o pêlo dos seus corpos numa ostensiva negação da sua verdadeira condição de macacos.

Os macacos constroem colmeias gigantes de macacos, a que dão o nome de “cidades”.

Os macacos desenham um monte de linhas imaginárias na terra.

Os macacos estão a ficar sem petróleo, que alimenta a sua precária civilização.

Os macacos estão a poluir e a saquear o seu planeta como se não houvesse amanhã.

Mas os macacos gostam de fingir que está tudo bem.

Alguns dos macacos acreditam verdadeiramente que o Universo inteiro foi construído para eu benefício.

Como se pode ver, estes são uns macacos bem baralhados. São, ao mesmo tempo, as criaturas mais feias e mais belas do planeta. E os macacos não querem ser macacos. Eles querem ser outra coisa. Mas não são…

as partículas da noite...

É noite. Num súbito movimento instintivo arrasto levemente a janela. Lá fora chove, está frio e inspira-se um ar pesado, carregado, com infernais aromas invernais. Ouve-se a água a cair suavemente sobre as folhas secas das árvores que se encontram espalhadas pelo chão. Sinto o vento a entrar, como se rachasse o meu pensamento. Ao fundo, a Serra está encoberta de nuvens, apenas se observa uma faixa de luz rosada sobre o palácio, encantando-o ainda mais, fazendo-o parecer um palácio de contos de fadas perdido numa sombria e rigorosa noite de Inverno.
Está frio e as pontas dos dedos começam a deixar de se sentir. Um pouco mais próximo, vê-se um amontoado de luzes, restilho de uma civilização encarcerada, presa, trancada pelo medo. O medo do frio, o medo da noite, o medo da escuridão da noite que preserva o mistério e desperta a curiosidade, que emana solidão e mune tristeza.
A chuva fica mais intensa. Uma luz acende-se. Passa um carro e ouvem-se as rodas molhadas a cortarem violentamente a água que escorre em torrentes pela estrada, como setas que cortam inevitavelmente e cruelmente um coração perdido, que espairece pela noite escura, sombria que o enaltece.
A chuva continua a cair e as nuvens aproximam-se. Da Serra já nem as luzes se avistam. As nuvens engoliam tudo e a civilização, adormecida na noite, já se encontra detida nas nuvens que a envolvem como os tentáculos de um polvo.
Nos fios de electricidade brilhantes, que reflectem a luz obscura dos candeeiros, onde na Primavera cantam os passarinhos, correm agora gotas de água densas, como sangue que coagula nas veias dilaceradas vítimas de uma noite maliciosa. Ao fundo observa-se agora uma vasta área de azul no céu, como se do amanhecer se tratasse, um amanhecer da noite sombria e desumana. As nuvens movem-se no céu, com mais velocidade, e ganham formas, formas aterradoras de gárgulas impiedosas, de monstros implacáveis que tentam penetrar nas casas por qualquer pequena fresta. Finalmente chegaram e tudo se aclarou. O que se vê agora é a textura vaporosa, insolúvel, flutuante das mais pequenas partículas da noite.

domingo, 25 de novembro de 2007

Contemplações

Olho em volta e constato que vivo num mundo complexo. Vejo edifícios que são grandes obras de engenharia; vejo aparelhos de alta tecnologia. O que vejo é um mundo tecnicista onde cada um é aquilo que consegue fazer com a ciência que lhe é fornecida, um mundo onde só é bom aquele que dá novidades à sociedade... Um mundo que nos pede que olhemos em frente - e em frente apenas - deixando-nos levar no maquinal frenezim de seguir os outros.
Mas nada me atrai... nada me leva a parar, olhar para o lado e seguir um novo caminho. Todavia, faço-o... paro e sento-me, não sei onde, mas sento-me e penso porque é que nada me desperta vontade de ser eu, a vontade de ser único!
E eis que, algo me ataca. Algo pequeno mas forte e frio, e, como que ameçado por algo, levanto a cabeça em sobressalto: Chuva!

A multidão corre para se abrigar - pararam de olhar apenas em frente!? - mas eu avanço, avanço e molho-me... Mas sinto-me vivo! Finalmente, vivo! Mas olho à volta e estou só... Eles querem-me tapado e resguardado, mas eu mando-os à fava!!
Eles chegam a casa chateados porque a chuva lhes atrapalha a vida...

Eu chego a casa e regalo-me porque a chuva me fez viver!

sábado, 24 de novembro de 2007

Lose your sanity!

O punk-cigano!

Uma mistura de música tradicional russa com o punk e com o rock!
Deve ser novo para muitos, conheci-os através de uma reportagem sobre o festival Paredes de Coura. Aqui vos deixo uma das suas músicas:

Novas emoções


Porque o blog não vive só de desassossegos...


Aqui vos deixo 3 músicas do já conhecidos OneRepublic. Não são precisas mais apresentações, se bem se lembram do 1º sucesso deles "Apologize".


Para fazer download das mesmas basta seguirem os links abaixo:

Say All I Need

a tormenta da matematica

bem, a pedido de todos aqui estou a postar! depois de uma saida a sao pedro, pra variar...

e hoje isto de certeza que não vai ter muitos posts novos, porque nos encontramos todos retirados a estudar po teste de matematica. e já agora por falar nele, devo dizer que ele me atormenta, atormentou a tarde toda e so parará de me atormentar na segunda feira a tarde...
após ter escrito barbaridades matematicas sem qualquer sentido, após ter confundido combinações e permutações e o triangulo do Pascal ou o binomio de Newton! AHHHH!!!

"nada mais resta senão o cansaço..."

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Fumo e alcool

Sentado à secretária, com um cigarro na mão - maravilhoso! - e um copo de vinho tinto à minha frente. Só vicios, dirão. Só vicios, digo eu. Pois é, é só vicios. Mas eu gosto e é tão bom... É uma forma de extravasar as emoções. Saem os sentimentos da ponta do cigarro e voltam a entrar, vindos do gargalo do copo.

Atrás de mim - estão hoje e espero que estejam sempre - o Villas, o Viegas, o Lemos e outra maluca que não está no blog, mas que também sofre, como nós. Humana, como nós.

Sempre presente, no lado sombrio das nossas mentes, está, chamemos-lhe assim, a "Caneca da Aldeia". Não sabem quem é, mas não interessa. É uma mulher da vida. Uma alternadeira. Mas está sempre presente, vai se lá saber porquê...

Acabo o cigarro, vou acender outro. E depois mais um, e mais outro, e mais outro... Por aí adiante. Preciso de ir buscar o isqueiro. Despeço-me.

Adeus

Sou:

Mais que a primeira pessoa do singular do verbo ser no presente do indicativo, a razão para: pensarmos, vermos, sentirmos.

O que sou Eu...? Que importa a alguém saber? Querem gostar de mim? Querem odiar-me? O que é que eu tenho haver com isso? Pouco me importa o que pensam de mim!!

Eu sou o que sou, sou parvo e tenho orgulho nisso!

E quer queiram quer não eu existo! Aos que me aturam, gabo-lhes a paciência, aos que não me querem aturar, lamento-lhes o mau gosto.... Mas a todos digo o mesmo: Boa Sorte!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

(In)definição

Proposta: tentar definir-me, como pessoa, como adolescente, como habitante de Portugal, nos subúrbios, como gente, como “vime pensante” (já dizia o outro).

Grau de dificuldade: impossível

Sendo assim não vale a pena. A minha definição é essa: impossibilidade de definição. “Mas, epá, não te sabes definir? Isso é totó!”, dirão vocês, leitores dos meus disparates. Mas é mesmo assim. Não me sei definir.

Posso dizer que sou giro, com um corpo escultural, alto e espadaúdo, ao mesmo tempo que sou inteligente e simpático. Mas “vocês sabem lá!”, diria (e bem!) Tony de Matos. Vocês sabem lá se eu sou horroroso, se sou gordo e com metro e meio, burro que nem uma maçaneta e bruto tal qual um javali. Não sabem!

Portanto, meus caros, contentem-se com as minhas palavras. Peguem naquilo que eu vou escrevendo ao longo dos dias e tentem decifrar-me. Vocês, a mim. Mas duvido que consigam. Boa sorte!

Escrito em guardanapos de papel

A minha idade já não conta, a vista cansada (talvez tenha que usar mais vezes os óculos).
Ainda sem estudos superiores. Uma cárie ou outra. Uns avós quase em estado pré-vegetativo e que vejo quatro vezes por ano. O nariz a crescer. os berlindes azuis, a barba por fazer, a barriga no sítio, os controversos pensamentos, as complexidades, os medos, os tempos da chatice, as oportunidades perdidas são a minha modesta contribuição para a lealdade com este blogue.

Assim começa

Cinco amigos la se juntaram ambiguamente e ao fim de 2horas de pura merda de conversa chegamos a um consenso...para o URL que se tornará famoso nas próximas décadas !
As hipóteses eram tantas que até ja cheirava mal :
- O Vazio
- O Desassossego
- Entre outros
- A Grande Rota da Porcalhota
- Viagem ao centro das pernas
- A volta do Marco em 80 dias
- Vinte Mil Léguas de viagem subnormal

enfim la chegámos também a uma decisão cada um por si e livre de postar em representação do seu pseudónimo


é ja a seguir.... a um breve intervalo

Um Turbilhão de Desassossegos