segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Defesa Siciliana

Em tons sicilianos, tomei a liberdade de entregar a pasta ao nosso amigo Afonso Viegas e disponibilizar o meu kevlar de fibras pouco contundentes a um espaço que oferecesse total liberdade a quem pretende total e gratuitamente oferecer raviolis de percepções e sumptuosos devaneios, cujo projéctil se dispara em preposições infundadas e rascunhos sem molho de tomate. Não pretendo remeter as minhas publicações aos seis degraus nem abolir juízos de valor - o que publicarei reflectirá a minha própria receita, o que não significa que o mercado tenha fechado.


Mas quebrando a monotonia da cozinha italiana, vamos juntar dois cromossomas e milhões de anos de evolução. Já consigo imaginar milhares de mitocôndrias a fazer all-in nos decotes sensuais dos multicelulares. Mas cadê a origem dos ingredientes? Quanto a isso não tenho resposta. Mas sei que o verdadeiro conhecer, austero como o trigo nas estações mais estaladiças, é consequência da procura da verdade nas questões mais diversas que o nosso género propõe a si mesmo. Citando e adaptando, sou um distribuidor ambulante de "porquês". Porquê? Porque assim fui convocado, porque pensar faz falta, porque o porquê devia ser o nosso rei e a filosofia o nosso reino. Quando falo em filosofia/pensamento cientifico falo num tipo de pensamento que esta apenas subjacente à prova coerente e a um certo nível de humildade e respeito pela perspectiva do próximo. Mas o problema está na acidez do azeite. Um azeite demasiado ácido leva à corrosão da pasta e um azeite demasiado básico a uma reunião sindicalista do recheio. Levarei em consideração os dois cantos para um consenso.


Por agora desliguem os motores, esqueçam a sintaxe e a toponímia. Nós aqui só temos do melhor proscuitto.

4 comentários:

Anônimo disse...

Pensar faz falta... e de que maneira!!

Parabéns plo post.

Cumps

Anônimo disse...

Benvenuto!

Mais um pensador de pensamentos e escritor de escritas que nos acompanha. Valeu a pena a espera.

Já agora, para mim, basta um spaghetti bolognese...

Anônimo disse...

WOW ! finalmente o prodígio deu um turbilhão da sua graça e deu ar de si e das suas caras palavras. e qe bela jogada de xadrez ele nos trouxe ao blog... acho q diz tudo.
agora ja qe ele não ele n se definiu eu vou dar assim uma peqena amostra de qem é o R. Fischer, quando falei nele como comparação a um certo índividuo de alto gabarito. E o indivíduo disse-me: " Não tem nada no fígado, não tem nos pulmões, não tem nada nos ossos senão aqelas continuas entorses, não tem nada no cérebro, não tem nada no coração, não tem nada no pãncreas, não tem nada na garganta, nao tem nada em nenhum orgão vital senão um pé esqerdo fabuloso...
e eu respondi...: Então estou lixado, n acha?

Anônimo disse...

sim snhora, parabens!

e agora vou mas e comer que, com tantos ingredientes do pensar, ja tou com um apetit enorme... lol